Experiência para recuperar Legislativo


Foto: Divulgação
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Em meio a um cenário político recheado de integrantes do segmento evangélico, o deputado distrital Washington Mesquita apareceu como autêntico representante dos católicos - é responsável há 12 anos pela Semana de Pentecostes, da Paróquia São Pedro, que reúne milhares de fiéis todos os anos em Taguatinga. Filiado ao PSDB, promete ter no mandato dois pilares principais: a família e a Saúde Pública. Confira o que pensa Washington Mesquita:
1 - Por que o senhor quis ser distrital?
Washington Mesquita - sempre fui muito religioso. Na minha visão, a religião tem um fundamento: formar o caráter do homem e fazer com que todos tenham respeito e amor ao próximo e, principalmente, temor a Deus. A religiosidade nos faz trabalhar pelo bem do próximo e é isso que eu quero fazer na Câmara Legislativa. Acredito que se os governantes e os políticos fizerem um bom trabalho, podem ajudar, sim, a minimizar grandes males que tiram o sono das famílias.
Hoje, mais do que nunca, após os grandes escândalos na política do Distrito Federal, estou motivado e consciente da minha verdadeira responsabilidade na Câmara Legislativa e fora dela, ouvindo e estando ao lado do povo para poder trabalhar por uma cidade melhor para todos nós. Ser representante do povo, para mim, é uma missão que vou desempenhar com muito respeito ao cidadão.
2 - O que o senhor acha de mandato de um deputado distrital custar mais de R$ 12 milhões aos cofres públicos?
Washington - É um número que realmente assusta. Porém é um valor que não vai diretamente ao parlamentar. Um deputado, para que apresente um bom resultado, precisa ter uma estrutura de assessoria qualificada, nos padrões do mercado de trabalho. Se com toda essa estrutura ele ainda sim não apresentar um bom desempenho, ele não estará correspondendo à confiança da população. Na área empresarial, por exemplo, alguém questiona o salário de um bom funcionário? Se ele é produtivo, se é competente, ele vale para a empresa o que ganha. Se a Câmara Legislativa tivesse sido na sua história 100% coerente, respeitosa, ética e focada no trabalho, nos benefícios para o povo, a população hoje confiaria muito mais no parlamentar.
Claro que existem excessos. Quando a resolução que trata do fim dos salários extras chegar ao plenário, por exemplo, serei um dos primeiros a votar a favor dela. Defendo que a remuneração dos distritais tem de ser igual ao dos trabalhadores, com apenas o 13º salário extra. Antes da aprovação da medida, no entanto, não creio que devolver o valor recebido seja o melhor dos caminhos. Alguns deputados fizeram isso no passado, mas ninguém sabe para onde foi o dinheiro. Até o corte dos salários extras, prefiro direcionar o recurso para um projeto social, por exemplo, que beneficie alguma comunidade necessitada. É mais coerente.
3 - Qual o primeiro projeto que o senhor pretende defender este ano?
Washington - Vou defender a família e uma das áreas que mais me identifico é com a saúde. Não sou médico, não tenho formação na área, mas sou cidadão e já senti na pele o atendimento de um hospital público. Quem nunca teve familiar, amigo ou apenas algum conhecido que passou horas na fila de um hospital e às vezes sem conseguir atendimento? E a falta de medicação? Isso tudo acontece por falta de dinheiro? Claro que não. É por falta de gestão, por falta de responsabilidade das autoridades governamentais. Muitas vezes nem o governador, nem o secretário de Saúde, possuem o pleno controle do sistema de saúde.
A fiscalização rigorosa é a melhor maneira de tirar a saúde pública desse caos em que se encontra. Fiscalizar é o papel do parlamentar e vou fazer isso de forma ferrenha. Quero estar próximo ao povo e vou acompanhar onde estão os maiores problemas. Criticam, por exemplo, os médicos da rede. Mas alguém já parou para pensar como é difícil trabalhar sem incentivo, com salários defasados e sem a menor estrutura? Isso também ocorre com os servidores. Precisamos lutar por eles e por uma gestão mais transparente. Para mim, a transparência é o melhor caminho para um resultado positivo.
Outra linha que vou seguir é em prol dos jovens e já ingressei na Frente Parlamentar de Combate às Drogas. Esse é um mal que precisa ser combatido com políticas sociais sérias e rigorosas. Não faço parte da base do governo, muito pelo contrário, mas precisamos mostrar ao governador que essa é uma questão importante e que precisa estar nas prioridades do GDF. Fiquei assustado ao tomar conhecimento que no ano passado o governo do DF chegou a receber R$ 100 milhões para programas de combate às drogas e que apenas 2% foram utilizados, como se esse problema não existisse. Um verdadeiro descaso.

Fonte: Blog da Paola

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