Diante de prisões de mensaleiros, Lula, Dilma e PT baixam o tom

Reação do partido e de seus principais nomes à prisão dos petistas condenados foi comedida para evitar conflitos com o Supremo.

Lula cumprimenta o pastor americano Jesse Jackson em uma conferência sobre igualdade racial em São Paulo (Ricardo Stuckert/Instituto Lula)
Lula cumprimenta o pastor americano Jesse Jackson em uma conferência sobre igualdade racial em São Paulo.
Apesar da intensa movimentação da militância petista na frente da Papuda e dos próprios gestos de José Genoino e José Dirceu, de se considerarem presos políticos, as reações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff às prisões dos mensaleiros foram comedidas. O próprio PT, que reuniu o Diretório Nacional para discutir a conjuntura política e econômica brasileira, citou o mensalão em um longínquo 12º parágrafo da nota oficial emitida ontem, na qual praticamente repete opiniões expressas em notas anteriores.

Dilma tocou no assunto durante reunião com senadores da base aliada para discutir os projetos em tramitação na Casa que aumentam os gastos públicos. Questionada por integrantes da base sobre o tema, Dilma se limitou a dizer que “os partidos podem se manifestar sobre o caso, mas não o Executivo, sob pena de provocar uma crise institucional”. Segundo relato de parlamentares presentes, ela rechaçou a ideia de alguns senadores de pedir o impeachment do presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, por supostas ilegalidades cometidas no processo de prisão e de traslado dos presos. “Não é caso de impeachment”, frisou Dilma.

A presidente apenas manifestou preocupação com o estado de saúde do deputado federal José Genoino, ex-presidente do PT. Genoino, que sofre de problemas cardíacos, luta para migrar para a prisão domiciliar. Ele e Dilma compartilham o mesmo médico. “O estado de saúde de Genoino é dramático”, comentou a presidente. 

Fonte: Correio Braziliense

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