Banheiros sujos e a falta estandes cobertos, em tempo de chuvas, afasta visitantes

Comércio de alimentos foi o mais afetado pela mudança.
Foto: RICARDOS MARQUES.
A mudança da Feira da Torre de TV ainda divide opiniões dos comerciantes que trabalham no local. Alguns afirmam que com a troca de lugar, o movimento caiu bastante. Outros dizem que aumentou. Mas todos concordam que a falta de limpeza nos banheiros e de toldo nos estandes é um problema comum da feira. Na época de chuva, há poucos lugares cobertos para os visitantes se abrigarem.

Maria de Lourdes Santos, 67 anos, trabalha há 38 anos na feira. Ela vende produtos de crochê e afirma que a mudança foi favorável para ela. “Eu aumentei minhas vendas aqui, mas isso não aconteceu com todo mundo”, conta. Mas para ela, ainda existem muitos prolemas no local, como a falta de limpeza dos banheiros. “O governo não está nos ajudando em nada. Para limpar o banheiro, a gente junta R$ 2 de cada feirante e paga alguém para limpar, mas só dá para fazer isso nos finais de semana e feriados, durante a semana fica sujo”.

Já o artesão João Lima de Araújo, 58 anos, denuncia que falta água nos banheiros da feira. “A gente tá pegando, com uma mangueira, a água que irriga a grama para encher a caixa d’água e assim ter água nos sanitários”, revela. Mas essa não é a única reclamação do artesão que trabalha há 39 anos na feira. A falta de toldos também é um problema, pois atrapalha as vendas e diminui o movimento da feira. “O problema aqui é o seguinte: o governo disse que daria os toldos, mas até agora nada.

Alguns feirantes estão tirando do próprio bolso para colocar, mas ainda não há uma padronização”.

Para o representante dos manipuladores de alimentos da feira, Ronan Siqueira, 23 anos, a parte alimentícia da feira foi a mais afetada depois da mudança. Segundo ele, o movimento caiu cerca de 40%. “O espaço aumentou, mas o movimento diminuiu”, diz. O proprietário da Churrascaria do Galego, Thiago Vaz, afirma que agora os estandes da área de alimentação estão mais higiênicos. “O problema mesmo são os toldos. Eu gasto R$ 800 por mês de aluguel com um toldo. Um custa em torno de R$ 4 mil, mas não vale a pena comprar, pois se o governo manda tirar, vou perder dinheiro”, lamenta.

A funcionaria pública Alana Medeiros, 35 anos, diz que gostou muito do novo espaço da feira. Frequentante assídua, ela ressalta que a atual estrutura oferece mais estacionamento e espaço para os vistantes. “Eu sempre compro coisas aqui, tanto para casa, quanto para mim ou mesmo para presentear alguém. Acho que algumas barracas perderam espaço, mas lá em cima elas eram amontoadas e parecia  desorganizado”.

Fonte: Jornal Alô

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