Verba para Cidade Digital

Hoje o Distrito Federal tem R$ 2,6 milhões para gastar em investimentos na região
 
Empresas contam com R$ 729 milhões. Parte do investimento será usado em Tecnologia. Foto: RICARDO MARQUES.
O Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO) é uma reserva financeira administrada pelo Ministério da Integração Nacional para fomentar o desenvolvimento econômico. Este ano, é previsto que parte desta verba seja usada para financiar a área de ciência, tecnologia e inovação do Centro-Oeste. R$ 1,4 bilhão já foram emprestados aos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal. Desse montante, o DF repassou cerca de R$ 729 milhões  à área empresarial. A expectativa é que as empresas que comporão o Parque Tecnológico Capital Digital, mais conhecido como Cidade Digital, sejam beneficiadas com a iniciativa.

O projeto do parque já completou 12 anos, e ainda assim não foi concluído. As construções só começaram na gestão passada. De acordo com o secretário de Ciências e Tecnologia, Gastão Ramos, a previsão é que o incentivo recebido pelos empresários este ano aumente o interesse na Cidade Digital. “Estamos muito esperançosos, porque isso estimula a implantação e manutenção de empresas no DF. Apesar de ainda estarmos colocando o edital na rua, já temos muitos interessados no parque, e com essa facilidade vai crescer ainda mais”, declarou Ramos.

A Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), autarquia federal vinculada ao Ministério da Integração Nacional e responsável por gerenciar o FCO, afirmou que um dos objetivos em criar uma linha de financiamento na área de tecnologia é estimular a parceria entre universidades e empresas. Com isso, espera-se  mais inovações tecnológicas, maior competitividade e mais empregos.

Para a vice-diretora do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (CDT) da Universidade de Brasília (UnB), Ednalva Moraes, a medida será essencial para o crescimento do Parque Tecnologico Capital Digital. “Ficava difícil para micro e pequenas empresas desembolsarem verba para construções tecnológicas. Mas se tem financiamentos, a condição fica mais adequada a realidade de muitas empresas”, argumentou Moraes. “Empresas de universidades da região Centro-Oeste e também dos próprios centros de pesquisa cientifica e tecnológica da região estão apostando em bons resultados, porque ter uma linha própria de fomento vem ao encontro de nossas necessidades”, ressaltou.

Segundo o superintendente da Sudeco, Marcelo Dourado, há linhas de financiamento do FCO para os mais diversos setores da economia. “Na nossa pesquisa, constatamos que o Centro-Oeste é a única região sem um parque tecnológico. Com essa linha de financiamento, será possível ter o credito fundamental para qualquer atividade econômica, e para qualquer empreendedor que queira investir na área de tecnologia”, afirmou Dourado.

Saiba mais
Até 2014, o governo espera que a Cidade Digital esteja em pleno funcionamento, com 80 mil novos empregos criados, e que o projeto eleve o faturamento no setor de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) de R$ 2,5 bilhões para R$ 5 bilhões. A área destinada ao polo deverá sediar empresas, escolas técnicas de nível médio e superior, laboratórios e o Complexo Datacenter BB-Caixa, do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal (CEF).
 
Fonte: Jornal Alô

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