Saúde desenvolve estratégias para reduzir filas por cirurgias

O Hospital de Base abriu turnos extras de cirurgias no início
do ano para reduzir o tempo de espera. Divulgação.
Promover mutirões e incrementar o Programa Fila Zero. Estas são as estratégias utilizadas pela Secretaria de Saúde para reduzir o tempo de espera dos pacientes que necessitam de intervenção cirúrgica na rede pública. Não há um número preciso, mas a Subsecretaria de Atenção à Saúde estima que pelo menos  16 mil pacientes aguardam por algum tipo de cirurgia.  As medidas tomadas resultaram na realização de 5 mil procedimentos este ano.
 
Ao longo dos últimos meses foram realizados diversos mutirões nos hospitais que dispõem de especialidades cirúrgicas.  Em outros foram intensificadas as ações do Programa Fila Zero – uma iniciativa da SES que visa agilizar os procedimentos desse tipo - com a criação de novos turnos cirúrgicos à noite e nos finais de semana. Foram beneficiados pacientes em especialidades como ortopedia, oftalmologia, pediatria, plástica e vascular.

Somente o Hospital Regional da Asa Sul (Hras) operou 175 crianças com hérnia inguinal em dois mutirões. No primeiro, realizado em maio, foram atendidos 80 pequenos pacientes. Em agosto, outras 95 crianças se submeteram ao mesmo procedimento.

Outras 2.080 pessoas passaram por cirurgia de catarata. Na fila de espera pelo procedimento ainda tem 1.120 pacientes. A previsão da Subsecretaria é que esse tipo de cirurgia tenha um grande aumento nos próximos meses. A SES está adquirindo quatro novos equipamentos facoemulsificador – aparelho utilizado para retirada da catarata, que garante a recuperação mais rápida do paciente. Só havia dois na rede pública.

Em março foi a vez de 61 mulheres vítimas de câncer de mama que tiveram o seio retirado serem beneficiadas com cirurgias Plásticas. As reconstruções mamárias foram realizadas no Hospital Regional da Asa Norte e outros hospitais da rede pública e particular. “Essa ação teve um grande impacto social e emocional, pois beneficiou pacientes carentes que acabam desenvolvendo problemas psicológicos devido à mutilação”, ressalta o subsecretário de Atenção à Saúde, Ivan Castelli.

O Hospital de Base abriu turnos extras de cirurgias no início do ano para reduzir o tempo de espera, com realização de procedimentos à noite durante a semana e aos sábados, nos horários em que as salas cirúrgicas estão ociosas. A medida já beneficiou 44 pacientes da ortopedia, 33 da bucomaxilo, 40 da oftalmologia, 36 de câncer e cinco da vascular.

O subsecretário reconhece que os mutirões não são a melhor forma de atuação frente às demandas por cirurgias. “O ideal é reduzir bastante as filas e gerenciar as necessidades da população na rotina dos centros cirúrgicos dos hospitais ou por meio da Central de Regulação”, destaca Ivan Castelli. “Esse problema vem de há pelo menos 12 anos por deficiência em centros cirúrgicos e só deve ser solucionado a médio e longo prazo”, salienta.

Segundo o subsecretario, é preciso ter uma estratégia de atuação que inclui o investimento em centros cirúrgicos, aquisição de equipamentos e contratação de servidores. “Encontramos os hospitais da rede defasados em termos de centros cirúrgicos e já recuperamos 26 salas”, diz. Ele aponta a escassez de anestesiologistas como uma das maiores dificuldades. Apesar da realização frequente de concursos para a especialidade, poucos profissionais se interessam por um emprego na Secretaria de Saúde.

Novos mutirões


A Regional de Saúde de Planaltina está organizando um mutirão pediátrico,  para atender crianças com idade até 12 anos, que necessitam de procedimentos cirúrgicos no tratamento de problemas como hérnias umbilicais, fimoses e  hidroceles.  Em agosto, dois médicos cirurgiões do Hospital Regional da Asa Sul vão realizar triagem para avaliação dos casos, no Centro de Saúde 2. As crianças selecionadas serão operadas no Hras em outubro.

A previsão é de que aproximadamente 50 pacientes sejam atendidos nessa mobilização. O mutirão faz parte do programa de Atendimento Médico Especializado Itinerante da Subsecretaria de Planejamento, Regulação Avaliação e Controle.
 
Fonte: Secretaria de Saúde do DF

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