Alunos de comprometeram a assumir deveres para transformar centro de ensino. Foto: ANDRÉ BORGES |
Ao contrário de outras escolas públicas espalhadas pelo Distrito Federal, ao entrar no Centro de Ensino Fundamental 10 do Guará a visão é de um pátio arrumado, limpo com salas bem pintadas que dão o clima de organização ao ambiente. A direção da escola implantou desde o começo do ano o projeto Escola Limpa – Dever e direito de todos, que tem como objetivo principal preservar a limpeza. “Quando assumimos o CEF 10, este era o colégio mais sujo e depredado do Guará, a intenção do projeto não é colocar o aluno para varrer a sala de aula, e sim conscientiza-lo a manter o local limpo, a preservar o trabalho que já é feito pelas serventes”, explicou a vice-diretora e coordenadora do projeto, Gilcileide Ferreira de Oliveira.
Ao entrar na sala de aula se percebe que os alunos gostam muito, e todos fazem questão de dizer isso. Meiriele Roberta Freire tem 8 anos e conta que o colégio nem sempre foi assim. “Era sujo, muito bagunçado, tudo riscado, estudo aqui desde a primeira série, mas agora que está bom, eu não quero sair daqui não”.
As diretoras, junto com os servidores, pintaram toda a escola ainda nas férias e quando começaram as aulas, teve início também o processo de conscientização. “Os servidores da escola passam diariamente em todas as salas no final do período de aula avaliando a limpeza e os cuidados dos alunos com o espaço, ao final de cada mês é feito um gráfico com esses dados que indicam quem cuidou mais”, conta a vice-diretora que explica ainda que essas notas servem para avaliar e quando há a necessidade de melhora os servidores cobram esse cuidado dos alunos.
Já as turmas que tirarem as melhores notas ganharão, no final do ano, um passeio para o clube. “Independente de passeio ou não, percebemos essa maturidade nos alunos”, disse Gilcileide.
A escola em que Letícia da Silva Rodrigues estudava antes não tinha a mesma organização que o CEF 10. “Aqui é muito limpinho, lá onde eu estudava não era assim”. A aluna de 9 anos afirma que faz sua parte. “Sempre que eu vejo um papel no chão eu pego e jogo no lixo, também não rabisco as mesas, gosto muito daqui”.
Tanto os professores, quanto os servidores e até mesmo os próprios alunos estão surpresos por que as salas e todas as instalações da escola ficam limpos o tempo inteiro. “Era uma escola violenta, que agora teve este problema amenizado por que aqui nós praticamos o diálogo com os alunos, há muita conversa”, afirma que a diretora Sandra da Costa, que exibe orgulhosa o banheiro sem sujeira e cheiro ruim, comuns nos banheiros de escolas públicas.
“Os alunos gostam daqui, eles aprenderam a valorizar a escola. O aluno que danifica ou rabisca tem que prestar serviço aqui na biblioteca, seja ajudando os alunos mais novos ou mesmo limpando os livros, tudo isso com o apoio dos pais. É uma escola que está como referencia no Guará e essa era a meta da direção”, conclui a vice-diretora.
A escola está promovendo uma mobilização em parceria com o GDF com o intuito de alertar a comunidade que contará com os alunos, pais, a presença de trio elétrico e dos funcionários. “A intenção é mobilizar toda a comunidade informando sobre a dengue”, explicou a diretora Sandra da Costa.
Fonte: Alô Brasília
0 Comentários