Revólver foi usado para simular doença mental

A situação da promotora se complicou ainda mais. Foto: ANTONIO CRUZ/ABR
A promotora Deborah Guerner usou uma arma de fogo como instrumento de simulação de doença mental, segundo o Ministério Público Federal (MPF). Tudo começou quando um revólver calibre 38 foi entregue espontaneamente aos investigadores pelo marido dela, Jorge Guerner, em junho de 2010.

A alegação do casal era a de que a manutenção da arma em casa era um risco, já que ela sofreria de transtornos mentais. “Visaria a garantir a integridade física dos ali presentes”, diz o MPF. Deborah contou a peritos médicos judiciais que chegou a dar tiros em casa e na rua quando tinha crises nervosas.

O MPF decidiu pedir à Polícia Federal uma análise técnica na arma e descobriu que o revólver não poderia dar tiros. “Foram efetuados testes de eficiência com as armas e munições recebidas. As tentativas de disparo com a arma questionada foram ineficientes, demonstrando que não está em condições de ser utilizada”, diz o laudo.

O MP também pediu à Justiça que o Conselho Regional de Medicina (CRM) de São Paulo casse o registro dos psiquiatras Luis Altenfelder da Silva Filho e Carolina de Mello Santos, acusados de ajudar Deborah Guerner a simular um transtorno mental.

Na denúncia, o MP diz que o CRM-SP deve “cassar em definitivo a permissão para exercer a medicina, eis que as condutas inseridas nesta denúncia são totalmente incompatíveis com o bom exercício da medicina”. O conselho abriu sindicância para apurar o caso. O MP Federal pede que, enquanto não forem cassados, os dois sejam afastados do exercício da medicina após serem denunciados por formação de quadrilha, fraude processual, uso de documento falso e falsidade ideológica.

Fonte: Alô Brasília

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