Durval Barbosa garante: Alírio recebia mensalão de Arruda

Delator do mensalão do DEM diz que R$ 90 mil eram repassados a político. Secretário da Justiça já ocupava pasta na gestão Arruda; Alírio nega as acusações e diz que elas têm motivação política

Alírio: Deputado deve ter férias de um mês, como todo mundo
Alírio nega as acusações e diz que elas têm motivação política
O secretário de Justiça do governo do Distrito Federal na gestão do petista Agnelo Queiroz, Alírio Neto (PPS), é acusado ter recebido propina do escândalo de corrupção conhecido como “mensalão do DEM”. Durval Barbosa, delator do esquema, disse em depoimento à Promotoria do DF que encaminhou repasses de R$ 80 mil mensais a Alírio quando o secretário ocupava a mesma pasta na gestão do ex-governador José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM). As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Alírio presidiu na Câmara Distrital a CPI criada para investigar a corrupção no DF. De acordo com Barbosa, Alírio era um dos beneficiários de parte dos R$ 220 mil desviados mensalmente do Detran. O dinheiro, segundo ele, era arrecadado junto a empresas de informática contratadas pelo Detran e pela Secretaria de Justiça e Cidadania. O secretário nega as acusações e diz que elas têm motivação política. O policial aposentado Marcelo Toledo, que aparece em um dos vídeos gravados por Barbosa entregando dinheiro, seria o responsável por repassar a propina ao secretário.

Alírio Neto se defendeu: Acusações têm motivação política, afirma Alírio Neto.

O secretário de Justiça e Cidadania do DF, Alírio Neto (PPS), negou todas as acusações do delator do mensalão do DEM e disse que as declarações de Durval Barbosa têm motivação política.

Segundo Alírio, ele e Durval sempre foram de grupos adversários dentro da Polícia Civil do DF. O secretário disse desconhecer os depoimentos prestados pelo delator à Promotoria do DF, mas afirmou saber que Barbosa fala mal dele “há muito tempo”.

“Todo mundo que ele acusa, apresenta vídeo. É fácil falar, quero ver um vídeo com minha imagem e minha voz.”

O governo do DF informou não ter “conhecimento oficial sobre qualquer denúncia contra o secretário”.

Procurado pela Folha, o advogado de Marcelo Toledo disse que não o localizou. Também não foi localizado o defensor do ex-deputado Leonardo Prudente. Os advogados de Arruda não atenderam ligações da reportagem.

Fonte: Folha de São Paulo

Parte II
Durval acusa Alírio Neto de chantagear Arruda
O delator do mensalão, Durval Barbosa, acusou o atual secretário de Justiça do Distrito Federal, Alírio Neto, de cobrar R$4,5 milhões do ex-governador José Roberto Arruda para não entregar ao Ministério Público gravação de uma comprometedora conversa entre o ex-secretário de Obras do DF Márcio Machado e o empresário Juarez Lopes Cançado.

Em depoimento ao MP em 19 de março de 2010, Barbosa disse que Arruda cedeu à pressão e pagou os valores cobrados por Alírio e pelo ex-diretor de Polícia Civil Cleber Monteiro. Se Arruda recusasse a proposta, a gravação iria para os promotores encarregados da Operação Aquarela.

Alírio e Cleber negaram ter pedido ou recebido dinheiro de Arruda.

Fonte: O Globo

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