Adolescentes em conflito com a lei foram o tema debatido em audiência pública

Componentes da mesa dos debates (Foto: Rinaldo Morelli/CLDF)
Os desafios e perspectivas para a definição de medidas sócio-educativas compatíveis com as necessidades dos adolescentes em conflito com a lei foram o tema da audiência pública promovida na manhã de hoje (30), por iniciativa do deputado Professor Israel Batista (PDT). O deputado disse que é clara a falência do modelo hoje adotado e que Brasília deve começar essa transformação e ser uma luz para o resto do país.

Batista destacou que cada jovem infrator custa R$ 7,7 mil por mês ao Estado que, por seu turno, investe pouco mais de R$ 70 mensalmente nos estudantes da rede pública. Essa disparidade é ainda mais grave, segundo assinalou, por que os adolescentes em conflito com a lei não são educados, nem ressocializados nem adquirem um ofício enquanto cumprem as medidas sócio-educativas.

Para a deputada Luzia de Paula (PPS), "as casas são construídas pelo teto, no país" e que as famílias cujas mães são obrigadas a trabalhar para prover o sustento de todos não têm com quem deixar os filhos. Oportunidade, segundo ela, é o que falta também, particularmente para os jovens que retornam à casa depois de cumpridas as medidas sócio-educativas a que foram condenados.

Essa foi também a linha de pensamento da manifestação do deputado Olair Francisco (PTdoB), que defendeu a oportunidade como instrumento para fazerem as coisas acontecer. Na falta de educação, começando pelas creches, e de empregos, o desespero acaba levando os jovens ao mau caminho, afirmou.

Houve uma interrupção nos debates para apresentação de trecho de um documentário da cineasta Núbia Santana, "Prá ficar de boa", que retrata o cotidiano de crianças e adolescentes marginalizados, moradores de rua e internos do Caje.

Fonte: CLDF

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