O desrespeito anda de ônibus

Além da precariedade, já conhecida pelo brasiliense, do transporte público no Distrito Federal a população agora enfrenta outro problema, a falta de informação. O site do DFTRANS está fora do ar desde o início do ano. Já o serviço da central telefônica do GDF, o 156 , está indisponível para informações referentes à transportes desde a última quarta (23).

O portal eletrônico do DFTrans está fora do ar desde o ano passado por problemas técnicos. De acordo com a assessoria, o site está desatualizado há alguns meses pois havia uma empresa que prestava assessoria de comunicação e era a responsável pela atualização e manutenção do site. O contrato com essa empresa expirou e o site era mantido no ar, principalmente, para a consulta de horários de ônibus.

Ainda segundo a assessoria do DFtrans, o portal voltará a funcionar em breve. O sistema técnico está sendo convertido para uma versão nova, mais atualizada. A companhia de planejamento do Distrito Federal (Codeplan) está mudando essas tecnologias para melhorar o serviço.

Ontem foi a vez do 156 parar. De acordo com o sub gerente da central de relacionamento do GDF, Hamilton Tadeu de Castro, a central funcionava com informações que eram repassadas pelo Dftrans e como o órgão não atualizava esses dados, os atendentes tinham dificuldades para atender a população de forma correta. “Na realidade a central de atendimento disponibiliza informações do GDF que são de interesse do cidadão e temos uma opção para atender usuários de ônibus, o serviço foi suspenso pois as informações não estavam sendo atualizadas. O DFtrans não estava fazendo isso porque o sistema deles está fora do ar”, contou Hamilton.

A central de atendimento do 156 registrou, só no mês de janeiro, 1109 reclamações. “Sendo a maioria dessas reclamações ligadas à horários de ônibus e descumprimento da tabela horária”, afirma o subgerente. No ano passado, as empresas de transporte coletivo do DF receberam 6.044 mil multas. Entre as principais infrações estavam o não cumprimento do itinerário (3.108 mil casos), desrespeito à programação visual (462), e defeito no velocímetro (322).

A dona de casa Francisca Ferreira da Silva (foto) de 77 anos veio da cidade de Campos Belos em Goiás para um tratamento de saúde. Ela conta que não sabia do serviço e acha que o transporte público aqui é precário. “Tenho muitas dificuldades para pegar ônibus lá na Ceilândia que é onde estou morando. Como desconheço os horários, vou para o ponto onde o transporte passa e fico esperando um tempão ate aparecer algum”, reclama ela.

Povo fala:
“Nunca usei esse serviço da internet ou o 156 para saber horário de ônibus. De uma forma geral, o transporte público em Brasília é péssimo, uma falta de respeito, até porque a gente está pagando pelo serviço. Onde eu moro quase não passa ônibus, quem não sabe o horário certo se dá mal.”
Osiene Nogueira, 50 anos, auxiliar de serviços gerais, moradora de Taguatinga

“Nunca usei o serviço de horários de ônibus, mas já soube que não funciona. O transporte daqui não é bom, tem muita fila, pouco ônibus, e quando tem esses ônibus estão sempre lotados, sem falar nas condições precárias de alguns veículos. Onde eu moro eles não tem horário certo”. Antônio da Silva, 45 anos, eletricista, morador da Ceilândia

“Já liguei algumas vezes e achei o serviço horrível, fui atendido depois de muitas horas. Quanto ao transporte, acho que tem muito a melhorar. Onde eu moro o ônibus demora mais de uma hora para passar e quando passa já está lotado.” Devanir Ramos, 33 anos, eletricista, morador do Lago Norte

Fonte: Alô Brasília

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