Após surto de bactérias, HRas diz ter controlado infecção em UTI neonatal


Hospital Regional da Asa Sul (HRas)
Passados mais de dois meses da restrição no atendimento a gestantes em decorrência de um surto de bactérias que causou a morte de 11 bebês na UTI neonatal, o Hospital Regional da Asa Sul (HRas) diminuiu as proibições na maternidade, apesar de os serviços não terem sido completamente abertos ao público. A direção hospitalar acredita ter controlado a disseminação da infecção, mas, por precaucão, mantém reservas.

A nova diretora do HRas, Roselle Bugarin Steenhouwer, explica que os casos de gestantes que tenham bebês com má formação e outras complicações graves que requeiram procedimento cirúrgico imediatamente após o parto já estão sendo atendidos pela unidade. Bebês prematuros continuam sendo prioridade. Atualmente, a UTI está com todos os 30 leitos ocupados. O HRas é o hospital referência em obstetrícia e em neonatologia da rede pública.

Persiste, no entanto, a recomendação para que o atendimento de mulheres com gestações normais procurem outras instituições de saúde da rede. “A população resgatou a confiança no hospital, mas não podemos abrir totalmente as portas porque somos o ponto final da cadeia”, justifica a diretora. No início de novembro, após uma visita da Vigilância Sanitária do DF, a unidade neonatal foi proibida de receber novos pacientes, mas, no fim do mesmo mês, foi liberada para receber bebês com quadros clínicos gravíssimos.

Steenhouwer acredita que as taxas de infecção hospitalar estão sob controle, mas defende que o acolhimento dos recém-nascidos em risco e a redução da rotatividade no hospital são medidas essenciais para evitar novo surto. “O diagnóstico da Vigilância Sanitária para o surto foi superpopulação e quebra de protocolo”, afirma a diretora. Isso significa que o hospital extrapolou o limite da capacidade de internação de 30 bebês na UTI neonatal e que a proporção recomendada entre o número de profissionais de saúde e o pacientes não era respeitada. Profissionais sobrecarregados têm menos condições de obedecer todos os procedimentos de segurança e diminuição de risco dentro da UTI.

Fonte: Correio Brasiliense

Postar um comentário

0 Comentários