Luta pela Educação na Câmara

Foto divulgação
Depois de quase quatro anos à frente da presidência da CUT-DF, Rejane Pitanga (PT) começa na Câmara Legislativa seu primeiro mandato como deputada distrital. Professora da Secretaria de Educação, Rejane foi presidente do Sindicado dos Professores (Sinpro-DF) e sua trajetória foi marcada pela defesa dos direitos dos trabalhadores. Como deputada, ela pretende continuar esse trabalho, mas de imediato quer trabalhar para melhorar a imagem da Câmara Legislativa com a população do DF.
1 - Por que a senhora decidiu ser deputada distrital?
Rejane Pitanga – Acredito que tem que haver um processo de renovação e de moralização na Câmara Legislativa. Tenho uma longa trajetória de luta em defesa dos trabalhadores, estive sempre vinculada às lutas sindicais, além de um compromisso com a ética na política. Neste primeiro momento, precisamos moralizar a CLDF, para que a comunidade do DF nos leve a sério. É um momento de renovação.
2 - O que a senhora acha de um mandato parlamentar custar R$ 12,4 milhões aos cofres públicos no DF?
Rejane – Este valor é um absurdo, a estrutura de um deputado distrital é maior que a de um federal. Não há necessidade de verbas tão elevadas para desempenhar o papel de distrital, um valor que é distante da realidade do DF. A Câmara vive um bom momento para fazer uma reforma administrativa. Primeiro, tem que ter uma política de valorização dos trabalhadores de carreira. Claro que as indicações de confiança são importantes, mas para funções técnicas, ninguém melhor do que funcionários da casa para nos ajudar, pessoas qualificadas e competentes, que passaram num concurso público. Um gabinete não pode ser cabide de emprego. Esta legislatura não pode ser igual as demais, temos de resgatar a credibilidade e moralizar a Casa.
3 - Qual o primeiro projeto que pretende defender neste mandato?
Rejane – Já apresentei na última quinta-feira (13) meu primeiro projeto, que propõe a gestão democrática nas escolas, construído a partir de interesses de professores e funcionários da educação no DF. Haverá a realização de audiências públicas para discutir com a população do DF o assunto. Com a gestão democrática, a comunidade escolar escolherá tanto os conselhos escolares como os diretores, modificando o processo. Discutiremos a democratização do sistema educacional como um todo, permitindo a efetiva participação de todos os atores da comunidade escolar: professores, funcionários, pais e alunos. O objetivo é fortalecer a educação no DF. A atual gestão compartilhada não é a proposta dos trabalhadores. Durante o mandato, meus focos serão educação, direitos humanos e os trabalhadores. (Por Marcella Oliveira)

Fonte: Blog da Paola

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