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| SEJUS reúne 350 idosos em ação de conscientização durante o Setembro Amarelo. Foto: Divulgação |
Há quatro anos, a vida de Maria (nome fictício), uma técnica em enfermagem, mudou completamente. Ela recebeu uma mensagem de despedida de seu filho de 46 anos pelo WhatsApp, que lutava contra a depressão e acabou tirando a própria vida. "Ele estava em tratamento, mas já tinha tentado antes. Dessa vez, conseguiu", disse Maria, ainda abalada pela lembrança. "Tive que seguir em frente pelos meus outros filhos e netos, mas nunca vou esquecer aquele dia."
Com histórias como essa em mente, a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF) realizou na manhã desta quinta-feira (12) o evento “Flor por Onde For”, parte das atividades do Setembro Amarelo em Ceilândia Norte. O encontro, promovido no Centro de Artes e Esportes Unificados (CEU das Artes), teve a participação de cerca de 350 idosos do Projeto Viver 60+, com o objetivo de conscientizar sobre a saúde mental e a prevenção ao suicídio.
A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, ressaltou a importância de se debater o tema: "O suicídio afeta toda a sociedade, e é necessário criar políticas públicas que previnam o autoextermínio e que quebrem o silêncio em torno desse assunto. Precisamos reforçar que uma vida com propósito é fundamental para superar o sofrimento emocional."
Atividades e Conscientização para a Saúde Mental
No evento, foram plantadas mudas de flores amarelas como camomila, cravo, moreia, petúnia e zínia, fornecidas pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap). Essas flores simbolizam o cuidado e a renovação, representando a importância de cuidar da vida e da saúde mental. Cada idoso recebeu uma muda, e uma dinâmica especial relacionou o ciclo de vida das plantas com o ciclo de vida humano, reforçando a necessidade de atenção ao bem-estar.
A ação contou com o apoio do Atacadão Dia a Dia e a colaboração de professores e alunos do curso de Terapia Ocupacional da Universidade de Brasília (UnB). Os participantes puderam assistir palestras sobre a saúde mental e a vacinação, além de se divertirem com atividades lúdicas, criando um ambiente de integração e conscientização.
Para Antônia Albuquerque, que faz parte do Projeto Viver 60+, participar dessas ações tem sido transformador. “Participo das aulas de ginástica e conheci novas pessoas. Sair de casa me ajuda a aliviar o estresse e me sinto mais saudável. O autocuidado é essencial, assim como cuidar de uma planta para que ela floresça.”
Luzia Reis, outra participante, destacou a importância de debater a saúde mental. “Discutir esse tema é necessário. Muitos fatores, como o uso de substâncias ou até traumas de infância, podem levar ao surgimento de doenças mentais na vida adulta.”
O Projeto Viver 60+ e a Promoção de um Envelhecimento Saudável
O Projeto Viver 60+ oferece aulas de dança e atividades físicas funcionais para pessoas com mais de 60 anos, com turmas de até 40 participantes. O projeto atende diversas regiões administrativas do Distrito Federal, como Ceilândia, Samambaia, Taguatinga, Santa Maria e outras. A iniciativa busca promover um envelhecimento saudável, incentivando a prática do autocuidado e proporcionando mais qualidade de vida.
Album de fotos:
Com informações da Agência Brasília.
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