O Tribunal de Justiça do Distrito Federal
acolheu (03/12) a denúncia feita pelo Ministério Público
do DF contra dos deputados distritais Benedito Domingos (PP), Rôney
Nemer (PMDB) e Aylton Gomes (PR) no processo conhecido como Mensalão do
DEM.
Com a decisão, os deputados passam a ser réus da ação penal. Eles vão responder por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Benedito Domingos (E), Rôney Nemer e Aylton Gomes responderão por lavagem de dinheiro e corrupção passiva. |
O advogado de Aylton Gomes disse que vai apresentar recurso. Segundo
Ticiano Figueiredo, a decisão é infundada. Ele diz que não foram aceitos
os argumentos da defesa e que não há provas de que o distrital tenha
participado do esquema.
A operação Caixa de Pandora, que revelou o mensalão do DEM, foi
deflagrada em novembro de 2009 pela Polícia Federal e investigou o
suposto esquema de pagamento de propina no governo do Distrito Federal
que envolveu servidores públicos, empresários e diversos políticos.
O esquema, que derrubou o ex-governador do Distrito Federal José
Roberto Arruda, teria desviado, aproximadamente, R$ 110 milhões dos
cofres públicos. A cifra foi calculada pela Procuradoria-Geral da
República (PGR).
Segundo a Procuradoria, o valor de R$ 110 milhões representa a quantia
repassada entre 2005 e 2010 pelo GDF, a título de prestação de serviços,
às empresas que integravam o esquema.
Quebra de decoro
Também nesta terça-feira, Benedito Domingos foi notificado para
apresentar defesa no processo de quebra de decoro que tramita contra ele
na Câmara Legislativa do DF. Processado desde 2011, Domingos é acusado
de corrupção passiva e formação de quadrilha em 22 administrações
regionais do DF. O deputado nega envolvimento nas irregularidades.
Benedito assinou a notificação na garagem da Câmara Legislativa, uma
semana após a abertura do processo. Ele foi condenado pela Justiça por
formação de quadrilha e corrupção passiva.
De acordo com o Ministério Público, Domingos teria feito um acerto
político para contratar empresas administradas pelo filho dele, Sérgio
Domingos, para realizar, em 2008, a decoração de natal de diversas
regiões do DF. O MP aponta como prova documentos e depoimentos de quase
60 testemunhas.
Fonte: G1
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