Smartphones e tablets salvam o ano da indústria de TIC


Os dispositivos móveis salvaram o ano da indústria de TI e Telecom no Brasil. Os tablets, de acordo com a Abinee, vão responder por 36% do mercado. Já os smartphones chegaram a 52%. Para 2014, as apostas são ainda maiores, 45% para os tablets- superando PCs e notebooks - e 76% para os celulares inteligentes. Para se ter uma ideia, os smarpthones vão responder por cerca de R$ 15 bilhões do faturamento de R$ 26.620 bilhões previstos para Telecom em 2013, ou 56,4%.

Os números do setor eletroeletrônico foram divulgados nesta quinta-feira, 05/12, em encontro com a imprensa realizado pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica Eletrônica (Abinee) na capital paulista. Para as indústrias de TI e Telecom, 2013 até pode ser considerado um 'ano razoável', em especial, para telecom, que registrou um impulso de 17% em relação a 2012, muito pela forte substituição dos celulares tradicionais pelos smartphones.
"Os investimentos em infraestrutura ficaram muito parecidos com os realizados em 2012 - em torno de R$ 11 bilhões. Em 2014, prevejo que mais dinheiro terá de ser colocado em infra. Não dá para suportar tanto smartphone sem redes com qualidade", avaliou o diretor de Telecom da Abinee, Paulo Castelo Branco. Este ano, acrescentou o executivo, as áreas mais demandadas foram os backbones IP e de rádio - exatamente para ampliar a cobertura e transmissão - e os acessos 4G. Os aportes 3G também ficaram muito equivalentes aos feitos em 2012. 

De acordo com os números da Abinee, em 2013, serão produzidos 61061 milhões de celulares, sendo 31.978 milhões de smarpthones e 29.083 milhões dos celulares tradicionais, os chamados feature phones. Para 2014, os números mostram a força do mercado móvel. A estimativa é que serão produzidos 67.689 milhões de celulares, sendo 51.459 milhões de smartphones. Com esse impulso, o mercado móvel volta aos números registrados em 2011, quando o país produziu 67.009 milhões de celulares. À época, para se ter ideia, os smartphones eram apenas 8.999 milhões.

Para 2014, o executivo aposta no aumento da demanda pelo 4G - principalmente se houver, de fato, a licitação do serviço na faixa de 700 MHz - e nas contratações das pequenas antenas - como as femtocells, picocélulas e microcélulas. "As teles sabem que precisam melhorar a qualidade e tem uma demanda para atender. Elas precisam das pequenas antenas e querem investir. Se o Fistel pelo menos for reduzido para as antenas de de 2 a 5 Watts, como está se negociando, o mercado iria ter uma boa compra desses equipamentos", diz Castelo Branco. 

Outro ponto importante para 2014 - um ano que a Abinee não soube definir como será para a indústria em função dos eventos Carnaval, em março, Copa do Mundo, em junho, e Eleições, em outubro - na área de Telecom é a entrada na prática dos projetos subvenciados pelo Regime Especial de Banda Larga. 

No evento, a Abinee revelou que o faturamento do setor eletroeletrônico previsto para 2013 é de R$ 156,6 bilhões, com um  crescimento de 8% ante 2012 em termos nominais. Na avaliação real, descontado o Índice de Preços ao Produtor (IPP) do IBGE estimado em 2,5% para 2013, o crescimento real seria de 5%.

"REPNBL é importantíssimo, pois permitirá às operadoras investirem mais barato, além de incentivar o planejamento", avaliou Branco, embora tenha mantido críticas às exigências de tecnologia nacional. " Precisamos ver como as interessadas estão lidando com essa questão. Talvez tenha de se ter mais flexibilidade", completou.
Para 2014, o faturamento do setor deve crescer 5% na comparação com 2013 em termos nominais. O déficit do setor deve atingir US$ 36 bilhões em 2013, 11% a mais que em 2012, uma vez que as importações seguem em alta. A projeção da Abinee prevê que os investimentos das indústrias do setor eletroeltrônico vão chegar a R$ 3,96 bilhões, com um impulso de 6% em relação a 2012. Montante corresponde a 2,5% do faturamento da indústria brasileira.

Fonte: Convergência Digital

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