Postos de gasolina abusam: no DF chegaram a aplicar aumentos próximos a 5%

Varejo no Distrito Federal muda preços nas bombas poucas horas depois de a Petrobras reajustar combustíveis na refinaria.

Estabelecimento na Asa Norte já exibia novos valores ontem, acima da expectativa de repasse ao consumidor (Gustavo Moreno/CB/D.A Press)
Estabelecimento na Asa Norte já exibia novos valores ontem, acima da expectativa de repasse ao consumidor.
O aumento nos preços dos combustíveis, anunciado pela Petrobras na noite de sexta-feira, chegou logo na manhã seguinte a postos de todo o país. Desde a 0h de ontem, a gasolina ficou 4% mais cara nas refinarias e o diesel, 8%. O repasse quase imediato às bombas desses aumentos foi justificado pela alegação de que estoques começaram a ser repostos com tabelas novas.

Enquanto analistas estimavam um impacto de 3% no preço da gasolina cobrado do consumidor final, havia posto na capital federal aplicando aumentos próximos a 5%. Em tese, além da mistura de 25% de etanol ao volume, o efeito menor seria esperado também em razão das diferenças nos custos de frete e da livre concorrência. “Não é possível que o estoque antigo tenha acabado numa noite. Os empresários vão aproveitar para turbinar os preços. É um absurdo”, reclamou o servidor público Otávio Euclides, 44 anos. “Reajuste igual no meu salário o governo não dá”, completou.

Os percentuais de correção no atacado ficaram abaixo do esperado pelo mercado e do pleiteado pela Petrobras, cujo caixa vem sofrendo uma sangria nos últimos três anos em razão da elevada defasagem em relação aos volumes importados, mais caros. O Ministério da Fazenda optou por conceder uma parcela no limite para impedir que a inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), atingisse no fechamento do ano em patamar superior à atual expectativa do governo, de 5,8%. O teto da meta fixado pelo Banco Central é de 6,5%.

Fonte: Correioweb

Postar um comentário

0 Comentários