Longe do centro de Brasília e dos bairros
nobres, homens e mulheres que vieram da classe C tornaram-se empresários
bem-sucedidos com o apoio de familiares. Hoje, são referências no mundo
dos negócios e transitam por ambientes considerados chiques.
"Quando eu era funcionário, eu olhava o dono da empresa e falava que queria ter uma vida boa. Eu não mudei minha maneira de viver, mas posso fazer escolhas. Posso ir em um círculo social mais chique ou comer uma galinha caipira". |
O processo de ocupação do território do Distrito Federal foi desenhado
durante décadas de acordo com a renda das famílias. Aos ricos, os
endereços no Plano Piloto e nos lagos Sul e Norte. Aos pobres, as
regiões mais afastadas. Mas a força do empreendedorismo e a
possibilidade de ascensão social vêm rompendo essa distribuição e
mudando a realidade dessas cidades. Nas últimas duas décadas,
empresários que nasceram ou migraram para locais do DF, antes destinados
à baixa renda, começaram a crescer, a gerar riqueza, a modificar o
cenário e a imprimir seu estilo de vida. Com isso, dinamizaram a
economia local e fizeram surgir uma geração de bem-sucedidos fora do
Plano Piloto.
Como boa parte do dinheiro conseguido veio do trabalho, quem começou do zero, e hoje tem uma renda confortável, evita falar em cifras, mas valoriza o esforço, gosta de contar a trajetória pessoal e carrega os ensinamentos dos pais como forma de inspiração. É o caso do empresário Adauto Mesquita, 45 anos. Mineiro de Unaí, ele era representante comercial e vivia com a mãe em Formosa (GO). Em 1995, resolveu se aventurar em ter o próprio negócio. A ideia era abrir uma distribuidora. Pensou em três locais: Barreiras (BA), Parauapebas (PA) e Palmas (TO). Visitou as três cidades, avaliou os prós e os contras e, por fim, escolheu a capital do Tocantins. Já com a mudança no bagageiro do carro, Adauto foi buscar um primo que morava em Samambaia e que iria com ele para Palmas. “Foi, aí, que eu percebi que eu não tinha colocado Brasília entre as minhas opções. Olhei aquele comércio movimentado de Samambaia e resolvi ficar por aqui”, conta.
Adauto alugou um pequeno galpão e abriu uma distribuidora de doces. O mineiro de sotaque arrastado passou a vender para o varejo de Samambaia. “Eu mesmo ia nos mercadinhos, nas padarias. Eu não falava que era o dono, senão o povo pedia desconto. Só depois que eles foram saber que eu era o proprietário”, conta. Da distribuidora de doces de Samambaia, Adauto expandiu os negócios, fez sociedade com irmãos e, na época, com o principal concorrente, que atuava no Gama. Assim, a Garra Distribuidora se consolidou. Hoje, instalada na Área de Desenvolvimento Econômico de Águas Claras, em frente ao Riacho Fundo, atua em quatro unidades da Federação — Bahia, Goiás, Distrito Federal e Piauí — e garante mais de 500 empregos diretos. “Virei o Adauto da Garra. Tenho orgulho do meu sobrenome ter sido fruto do meu trabalho”. Além do atacado, ele tem investimentos em outras áreas como varejo, factory e imobiliária.
Como boa parte do dinheiro conseguido veio do trabalho, quem começou do zero, e hoje tem uma renda confortável, evita falar em cifras, mas valoriza o esforço, gosta de contar a trajetória pessoal e carrega os ensinamentos dos pais como forma de inspiração. É o caso do empresário Adauto Mesquita, 45 anos. Mineiro de Unaí, ele era representante comercial e vivia com a mãe em Formosa (GO). Em 1995, resolveu se aventurar em ter o próprio negócio. A ideia era abrir uma distribuidora. Pensou em três locais: Barreiras (BA), Parauapebas (PA) e Palmas (TO). Visitou as três cidades, avaliou os prós e os contras e, por fim, escolheu a capital do Tocantins. Já com a mudança no bagageiro do carro, Adauto foi buscar um primo que morava em Samambaia e que iria com ele para Palmas. “Foi, aí, que eu percebi que eu não tinha colocado Brasília entre as minhas opções. Olhei aquele comércio movimentado de Samambaia e resolvi ficar por aqui”, conta.
Adauto alugou um pequeno galpão e abriu uma distribuidora de doces. O mineiro de sotaque arrastado passou a vender para o varejo de Samambaia. “Eu mesmo ia nos mercadinhos, nas padarias. Eu não falava que era o dono, senão o povo pedia desconto. Só depois que eles foram saber que eu era o proprietário”, conta. Da distribuidora de doces de Samambaia, Adauto expandiu os negócios, fez sociedade com irmãos e, na época, com o principal concorrente, que atuava no Gama. Assim, a Garra Distribuidora se consolidou. Hoje, instalada na Área de Desenvolvimento Econômico de Águas Claras, em frente ao Riacho Fundo, atua em quatro unidades da Federação — Bahia, Goiás, Distrito Federal e Piauí — e garante mais de 500 empregos diretos. “Virei o Adauto da Garra. Tenho orgulho do meu sobrenome ter sido fruto do meu trabalho”. Além do atacado, ele tem investimentos em outras áreas como varejo, factory e imobiliária.
Fonte: Correioweb
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