Tarifa mais cara do mundo

Passagem consome 22% do salário dos usuários de Brasília

Com 10 anos de funcionamento, Metrô do DF é insuficiente.
Foto: Ricardo Marques.

Prestes a completar 20 anos de história e 10 de funcionamento efetivo, o metrô de Brasília está longe de atender as expectativas dos brasilienses. Das 29 estações, 24 funcionam. As linhas ainda não se estendem até a Asa Norte, permanecendo o projeto  “Y” que divide a rota para Samambaia e Ceilândia. As passagens aumentaram, assim como a frota  que hoje opera com 32 trens. O metrô atende cerca de 160 mil passageiros diários que ainda sofrem com vagões pequenos, poucos trens e problemas básicos como estações sem sanitários, condição importante para a acessibilidade dos passageiros com alguma deficiência.

Comparado ao sistema metroviário de São Paulo, a diferença é gritante. Mesmo com 30 anos de funcionamento e um fluxo de passageiros vinte vezes maior que o do DF, o metrô paulista é ágil. Enquanto em São Paulo o tempo estimado entre um trem e outro é de dois minutos, em Brasília passa de cinco.

A estudante Mizraim Évila diz que metrô pela manhã é um sofrimento. “A diferença entre São Paulo e Brasília é gritante. Mesmo que em Brasília o sistema metroviário seja novo, viajamos em uma lata de sardinha. Não há linhas, não há extensão da rota. Enfim, não há metrô suficiente para a população. Aqui você não vai a qualquer lugar de metrô, e logo aqui que tudo é distante”, opina.

Diferenças - O DF conta com duas linhas de metrô partindo da estação Central na Rodoviária do Plano Piloto. A integração fica na estação de Águas Claras. São Paulo conta com cinco linhas. O horário também difere, aqui os trens começam a funcionar ás 6h e terminam por volta das 23h30. Na capital paulista o primeiro sai às 4h e o último à 1h da manhã.

Ideias simples, mas que fazem toda a diferença, ainda não foram implementadas em Brasília, como as baias que separam o fluxo de quem entra e sai do trem, existentes em São Paulo. O horário de pico é o momento em que passageiros abarrotam as portas dos trens e é difícil entrar ou sair sem ser machucado.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), a tarifa do metrô DF consome 22% do salário dos usuários e é a mais cara do mundo.

Fonte: Jornal Alô

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