Uso de aparelhos dá direito a desconto na conta de luz

Para obter o benefício, os pacientes devem se inscrever no Cadastro Único do DF
 
Família viu a conta de luz saltar de R$ 50 para R$ 200 por mês, devido ao uso do aparelho. Foto: GERDAN WESLEY.
Portadores de deficiência ou pacientes cujo o tratamento médico exija o uso de aparelhos  que consumam energia elétrica, serão incluídos na lista de beneficiários da Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE). A decisão é do Ministério de Minas e Energia que autorizou o desconto desde que os beneficiários sejam inscritos no Cadastro Único do Distrito Federal. O desconto deve variar entre 10% e 65% e vai beneficiar famílias com renda de até três salários mínimos.

Segundo a portaria do ministério, o maior desconto  vai para quem consumir até 30 kWh por mês, estes pagarão 65% a menos na conta de luz. Em seguida, no consumo de 31kWh a 100kWh, tem desconto de 40% e acima de 100 kWh, o beneficio cai para 10%. No DF, a expectativa é de que pelo menos 370 famílias sejam contempladas.

A assessoria da Companhia Energética de Brasília (CEB) diz que ainda não foi informada oficialmente sobre a decisão do governo. De greve há mais de dez dias, o sindicato da categoria bloqueou até mesmo a entrada dos funcionários na sede da Ceb.

“Se é lei, a CEB vai ter que se adaptar. Mas quanto a essa nova operação, a CEB tem  conhecimento apenas pelo que vem sendo divulgado na imprensa, porém não recebeu nenhuma comunicação oficial. Não se sabe ainda como será o funcionamento.

Só o que se sabe é que pessoas de baixa renda serão beneficiadas. Mesmo assim há um período de adaptação que, enquanto não for informado à companhia, não se torna prática”, disse o assessor.

A diferença no bolso do consumidor é clara. Geraldo Menezes, de 82 anos teve Enfisema Pulmonar, resultado de muitos anos como fumante. Hoje, usa quase que 24 horas por dia um concentrador de oxigênio elétrico e viu o valor da conta de energia aumentar em mais de 100%. A filha dele, Maria da Conceição comemorou a decisão.

“O desconto com certeza é bem vindo. Será um dinheiro aplicado na medicação do meu pai. Mesmo com os remédios gratuitos, ainda há uma lista que compramos e que são muito caros. São R$ 200 reais mensais só em conta de energia. Anos atrás, quando a situação dele não era tão grave, pagávamos cerca de R$ 50”, disse.
 
Fonte: Jornal Alô

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