Consumistas e caloteiros

Homens gastam mais, além de serem campeões em emissão de cheques sem fundos
 
Eles não se importam com valores e suas compras são feitas mais em benefício próprio. Foto: GERDAN WESLEY.
Apesar das mulheres comprarem com mais frequência do que os homens, foi constatado que são eles os mais gastadores. São também os que menos tem controle sobre as despesas. Uma pesquisa divulgada pela empresa de análise de crédito ProScore constatou que 56% dos cheques sem fundos são emitidos pelos homens, que também adquirem bens de valor mais elevado do que as mulheres. Segundo a análise, os dados se mantiveram igual nos últimos cinco anos.

A pesquisa de gênero detectou que os homens, em sua maioria, emitem cheques acima de R$ 300, enquanto o valor médio para as mulheres é de R$ 150. Apesar do volume de compras ser maior entre elas, foi detectado que as consumidoras pesquisam mais e escolhem itens de maior utilidade. Conforme a pesquisa, o homem não se preocupa tanto com o valor financeiro e suas compras são feitas mais em benefício próprio.

Normalmente focados no setor de tecnologia. Um exemplo é a aquisição de um aparelho recém-lançado de última geração. Do lado das mulheres, o consumo é pensado nas necessidades cotidianas, como alimentos e roupas. Ironicamente, a preocupação em poupar costuma ser maior nos homens do que nas mulheres.

Ao iniciar o estudo, a ProScore partiu da premissa de que as consumidoras fazem mais compras e, por essa razão, seriam mais suscetíveis a perder o controle dos gastos. “Isso nos surpreendeu também, pois o público masculino gasta mais do que o feminino”, comentou o economista Ivo Barbiero, presidente da empresa. “Os homens têm a tendência de não avaliar o preço do que estão adquirindo, pagando mais por menos, enquanto as mulheres, em quantidade de itens, compram mais, mas os produtos são mais baratos e têm alta utilidade”, explicou Barbiero.

Mas, independente do gênero, observa-se no país uma desorganização financeira dos brasileiros. “O que vemos, de modo geral, é que falta educação financeira às pessoas. Por isso, seria muito positivo um trabalho de conscientização. Independentemente de se gastar muito ou pouco, as contas ao final do mês precisam fechar”, conclui o presidente da ProScore.

A pesquisa usou informações do banco de dados pesquisados em mais de 61 mil pontos de comércio, incluindo também informações sobre o comportamento dos gastos, como tipo de bem adquirido e local da compra.
Fonte: Jornal Alô

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