Ministro Moreira Franco quer ações imediatas de atenção às crianças de até 3 anos.
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Novas estratégias para o desenvolvimento de crianças na primeira infância foram discutidas dias 26 e 27/10 no seminário Cidadão do Futuro, promovido pela Secretaria de Assunto Estratégicos e Direitos Humanos (SAE). O evento reuniu especialistas dos setores público e privado na busca de uma política de desenvolvimento integral da criança que assegure condições mínimas às famílias para uma atenção correta na idade de zero a 3 anos.
O ministro da SAE, Moreira Franco, em seu discurso falou sobre a importância do país adotar ações imediatas voltadas à primeira infância, como condição essencial para o crescimento da classe média com a consequente superação da pobreza. “Não vamos mais trabalhar embasados em direitos negativos, pois avançamos esta etapa. Agora nossas ações serão a partir dos diretos positivos, esta é a nossa realidade”, disse.
A secretária nacional de Promoções dos Direitos da Criança e do Adolescente da Secretaria de Direitos Humanos, Carmen Silveira, também presente no seminário, declarou que o Brasil vive hoje um momento diferenciado porque, pela primeira vez, dispõe de um Plano Nacional para a Primeira Infância, preparado e formulado por uma grande rede composta por mais de cem entidades.
“Vemos nesse dois dias do seminário que a política para a primeira infância não é somente intersetorial, não deve ser feita apenas com ações da saúde ou da educação infantil ou da retaguarda da rede sócioassistencial, mas justamente que se preconiza, o que os especialistas nos demonstraram aqui, a necessidade de que a gente não invente a roda, mas que se otimize, se potencialize os programas que o governo já desenvolve. O que está faltando ao Brasil é integrar esses programas”, disse.
A cidade de Petrolina (PE) conta com um modelo alternativo às creches convencionais, em parceria com iniciativa público e privada. O projeto “Nova Semente”, apresentado pelo prefeito, Julio Lossio, atende crianças e oferece assistência médica, alimentação e cuidados especiais dentro da creche. Também inclui oferta de cursos profissionalizantes, prevenção, educação e saúde para pais e cuidadores. Cada unidade atende 60 crianças e são construídas de forma padrão.
O projeto Nave-Mãe, em Campinas (SP) atende crianças de 0 a 5 anos. São nove unidades nas regiões periféricas da cidade e geridas em uma parceria bem sucedida entre governo e o terceiro setor.
As escolas, segundo explicou Márcio Rogério Silveira de Andrade, da prefeitura de Campinas, utilizam uma nova metodologia de ensino baseada em pedagogia dos sentidos, buscando o desenvolvimento do caráter e da personalidade das crianças, estimulando e dando igualdade de oportunidade em fases seguintes do ensino, para a formação integral do futuro cidadão. Uma das ações é a criação de um minimuseu científico instalado dentro das creches, que seguem uma tematização e são compostos de equipamentos para simular experimentos científicos.
Além de atividades para bebês e crianças, as Naves-Mãe oferecem aulas de cursos profissionalizantes e de Educação de Jovens e Adultos (EJA) para mães e toda a comunidade próxima às unidades para a completa formação familiar.
Fonte: Agência Brasil
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