Problemas no trânsito de uma das cidades-sede da Copa preocupam

Especialista sugere fazer corredor de ônibus direito entre as
cidades do DF e o Plano Piloto. Foto: ROBERVAL EDUÃO
Uma das cidades-sede da Copa do Mundo de 2014, Brasília enfrenta problemas estruturais no trânsito. Segundo o pesquisador de Transportes da Universidade de Brasília Artur Morais, o aeroporto da cidade está saturado e obras, como a do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), podem não estar concluídas até lá. “O transporte público em Brasília é malfeito, mal planejado e mal operado”, disse o estudioso.

“Quando você analisa os dados, percebe que a maioria das pessoas vai usar o VLT para fazer integração com outros transportes. É mais fácil fazer um corredor de ônibus direto entre as cidades [do Distrito Federal] e o plano piloto”, acrescentou. Os quatro mil ônibus do DF transportam diariamente 1,2 milhão de passageiros. Ao todo, são cem linhas que ligam Brasília às demais cidades.

O secretário de Transportes, José Walter Vazquez Filho, concorda que há problemas. E diz que é preciso haver mais investimento e presença do Estado no setor. “Há falta de planejamento, de previsão, da presença do Estado”, disse Vasquez, acrescentando que a meta, agora, é fazer a racionalização das linhas. “Em agosto, vamos abrir licitação para contratar um sistema de GPS para controlar a frota”, comentou Walter.

No Plano Diretor de Transporte Urbano do Distrito Federal e Entorno (PDTU), aprovado em abril pela Câmara Legislativa do DF, há a previsão de investimento de R$ 7,8 bilhões nos próximos dez anos para melhorias no transporte público. Uma das obras previstas é o VLT, estruturado para ser um meio de transporte expresso do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek à W3 Sul e Norte, uma das principais avenidas da cidade.

Saiba mais:
O VLT teve as obras iniciadas, mas foram interrompidas por determinação da Justiça. Cronograma previa a entrega de parte da obra este ano. Já mais adiantado, o Projeto Linha Verde pretende ligar Ceilândia e Taguatinga à Rodoviária do Plano Piloto, tem até agora apenas a parte que corta a Estrada Parque Taguatinga (EPTG) relativamente pronta, com a duplicação da pista concluída.

Falta ainda sinalização, implantação da ciclovia prevista no projeto e a licitação de 300 ônibus articulados que vão fazer o transporte público no corredor exclusivo.

Fonte: Alô

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