TCDF aponta indícios de irregularidades em nove grandes obras do Distrito Federal.
Levantamento feito até julho deste ano pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) em 15 obras do governo apontou que nove delas possuem algum indício de irregularidade por serviços não contratados e suspeitas de superfaturamentos. Ao todo, as obras questionadas pelo tribunal custaram cerca de R$ 2,3 bilhões aos cofres públicos. As construções são predominantemente dos setores de saúde, obras, cultura e transporte.
Os alvos da suspeita do TCDF foram as reformas e a ampliação do Estadio Nacional de Brasília; a revitalização da Feira de Artesanato da Torre de TV; a licitação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT); a reforma do Museu Nacional; a pavimentação da DF-459, que liga Ceilândia e Samambaia; o Teatro Nacional de Brasília; a reforma do bloco de internação do Hospital de Base; a criação do corredor Sudoeste do Metrô/DF, que liga Plano Piloto a Samambaia; e a Torre de TV Digital.
Os resultados apurados pelo TCDF serão encaminhados nos próximos dias à Câmara Legislativa do DF e à Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Gestão do DF. A assessoria de comunicação do GDF informou que as irregularidades listadas serão analisadas por uma equipe do governo, e não se pronunciarão até a finalização do processo.
Na novela da licitação do VLT, com a nova recomendação do Tribunal de Justiça de anular a concorrência para a construção dela, o último contrato foi questionado, obrigando o GDF a fazer outra licitação caso deseje continuar com a construção. O projeto já foi orçado em R$ 1,55 bilhão, pretendendo ligar o Aeroporto Internacional de Brasília ao centro da capital federal.
A revitalização da Feira de Artesanato da Torre de TV também foi outra acusada de ter sido superfaturada, atingindo a marca de mais de R$ 1,06 milhão. Mas um dos projetos mais questionados foi a reforma do bloco de internação do Hospital de Base. O levantamento do TCDF afirma que houve atestação indevida da execução de serviços; preços estimados acima dos praticados no mercado e realização de serviços não contratados. O projeto custou mais de R$ 37,6 milhão.
Até o contrato feito entre a Secretaria de Obras e a Empresa Danluz para a recolocação de novos cubos do Teatro Nacional foi questionado pelo tribunal de estar superfaturado, custando mais de R$ 135 mil. Para quem não se lembra, os antigos cubos do projeto original, assinado pelo artista Athos Bulcão, foram retirados da fachada erroneamente durante a última restauração.
Fonte: Jornal Alô
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