Câmara decidirá após o recesso se cassa mandato de Jaqueline Roriz

Comissão de Constituição e Justiça ainda analisa recurso da deputada.
Parlamentares analisarão em plenário parecer que pede cassação.

A deputada Jaqueline Roriz aparece em vídeo, ao lado do marido, Manoel Neto, recebendo dinheiro de Durval Barbosa, pivô do escândalo de corrupção que ficou conhecido como mensalão do DEM de Brasília. Foto: Divulgação

O presidente do Conselho e Ética e Decoro Parlamentar da Câmara, deputado José Carlos Araújo (PDT-BA), afirmou nesta quinta (30) que a decisão do colegiado que recomenda a cassação da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF) só deverá ser analisada pelo plenário da Casa em agosto, após o recesso parlamentar (de 16 a 31 de julho).

“O julgamento vai ficar para depois do recesso porque a decisão do conselho chegou à CCJ na última sexta, e agora a comissão vai designar um relator para analisar o recurso que a deputada apresentou. Isso deve levar uns dias, o que levará para agosto a análise do plenário”, disse Araújo.

Para ser levado ao plenário, o caso da deputada precisa passar antes pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, que terá a missão de avaliar o recurso apresentado pelos advogados da parlamentar contra a decisão do colegiado.

A tese da defesa chegou à CCJ nesta quarta (29). A comissão tem cinco dias a contar dessa data para designar um relator. O deputado que relatar o caso poderá elaborar parecer apoiando ou reprovando a decisão do colegiado. Caberá ao plenário, em votação secreta, dar a palavra final.

Jaqueline Roriz teve o pedido de cassação acolhido pelo colegiado em 8 de junho, depois que o relator do caso, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), apresentou relatório recomendando a perda do mandato.

A deputada aparece em vídeo, ao lado do marido, Manoel Neto, recebendo dinheiro de Durval Barbosa, pivô do escândalo de corrupção que ficou conhecido como mensalão do DEM de Brasília.

A parlamentar admitiu ter recebido dinheiro de Barbosa, mas argumentou que os recursos foram usados na campanha para deputada distrital, em 2006, e não teriam sido informados à Justiça Eleitoral.

Além do risco de perder o mandato na Câmara, Jaqueline Roriz também responde a inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo mesmo caso. Suspeitas de recebimento de propina para votar projetos de interesse de empresários também constam das denúncias investigadas pela Justiça.

Fonte: G1/ Brasília

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