Médicos orientam brasilienses no Dia Nacional de Prevenção das Doenças Alérgicas

AGÊNCIA BRASIL
O Dia Nacional de Prevenção das Doenças Alérgicas levou médicos e enfermeiros às ruas de Brasília para esclarecer a população sobre a gravidade de algumas doenças, principalmente a asma. Segundo  a alergista da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Marli Marques da Rocha, eventos como os de hoje são importantes porque servem para orientar as pessoas sobre as alergias. Ela adverte que boa parte da população não procura os especialistas e se automedica, o que agrava a situação. Segundo Marli, depois da asma, as rinites alérgicas são os maiores problemas de saúde pública.

“O conselho é que as pessoas se cuidem se tiverem algum sintoma de rinite ou de asma, procurando um médico para não ficar com os sintomas pelo resto da vida. Porque tem controle." Segundo ela, o tabagismo é um dos grandes problemas para quem tem alergias porque pode provocar a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), que é irreversível. A médica informou ainda que 80% dos pacientes asmáticos têm também rinite alérgica.

O médico e professor Roberto Ronald destacou que, em Brasília, ao contrário do que se imagina, o maior problema atualmente não é o clima seco, e sim os microácaros domiciliares. “Eles [os microácaros] gostam de 85% de umidade relativa do ar, coisas que nós não temos aqui fora, e uma temperatura de 22°. De modo que as casas são lugares muito bons para as alergias respiratórias." Ronald, que já trabalhou com pacientes asmáticos nos Estados Unidos, disse que o clima seco é mais saudável para as pessoas que têm alergias respiratórias do que regiões com ar mais úmido.

“As pessoas que têm alergia de pele apresentam mais coceiras com a seca, mas para a alergia respiratória é uma região maravilhosa. Não temos aqui em Brasília os poluentes de São Paulo e do Rio e o nosso céu é limpo e azul”, disse.

Ronald também destacou que em Brasília não existe grande contaminação aérea por fungos e que é curto o período em que o pólen das flores fica em suspensão, entre abril e junho. Além disso, com a redução das queimadas, que lançavam no ar cristais de sílica, ele disse que houve uma redução das alergias na região.

Para ele, existe um mito de que a secura faz mal, mas a falta de hidratação é bem pior. “É preciso se hidratar e isso não se consegue passando creme na pele. No clima de Brasília, bebendo muita água você fica maravilhoso."

Fonte: Agência Brasil

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