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Metroviários, policias civis, professores e agentes penitenciários já pararam seus serviços ou pelo menos entraram em indicativo de greve nesse ano de 2011. Agora chegou a vez dos técnicos em radiologia da rede pública do Distrito Federal também discutirem a possibilidade de greve ainda no mês de abril.
De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Técnicos, Tecnólogos e Auxiliares em Radiologia (Sintar-DF), Ubiratan Ferreira, a categoria tem assembleia marcada para semana que vem e a possibilidade dos mais de 500 profissionais da área cruzarem os braços a partir do próximo dia 18 é grande.
Desde o começo do ano os trabalhadores fazem reivindicações para melhoria do segmento, mas, como não houve absolutamente nenhum avanço junto às autoridades competentes, a única solução encontrada pelo sindicato seria parar os serviços. O vice-presidente informou que o 1° ofício foi enviado para a Secretaria de Saúde no dia 11 de janeiro. Depois disso, houve quatro reuniões entre membros do sindicato e a sub-secretaria de Fator Humano em Saúde, mas nenhuma proposta foi feita. “Nós já encaminhamos mais um ofício em caráter de urgência informando da greve no dia 18, onde a categoria vai se concentrar no pronto-socorro do Hospital de Base e somente 30% vai estar trabalhando, assim como manda a lei”, explica Ubiratan.
Pauta de reivindicações – Entre as exigências estão a aposentadoria especial após 25 anos de atividades com radiações ionizantes, a concessão do regime de 40 horas opcional, como prevê a lei 4.480/2010, além do concurso público para preenchimento de 400 ou mais vagas nos serviços de radiologia. O Hospital do Paranoá, por exemplo, possui 18 técnicos em radiologia, mas, segundo o sindicato, seriam necessários pelo menos 37 para oferecer um trabalho de qualidade à população.
“Precisamos de mais profissionais e de mais valorização. Hoje, qualquer funcionário hospitalar ganha muito mais do que nós, que lidamos com vidas 24 horas por dia e ainda corremos risco de saúde”, argumenta o vice-presidente.
A aquisição de novos equipamentos também é uma exigência dos profissionais. Em todo o DF, só existe um aparelho de Ressonância Magnética próprio da Secretaria de Saúde. Já os tomógrafos, instalados somente em nove hospitais, nem sempre funcionam por conta de sobrecarga de uso. No caso do Hospital de Base, por exemplo, os dois tomógrafos que deveriam fazer 900 exames por mês chegam a fazer 2,4 mil.
Os exames de raio-x são essenciais para quem precisa obter diagnóstico conclusivo de doenças graves como pneumonia, hantavirose, sinusite crônica, fraturas e tumores ósseos entre outras.
Fonte: Jornal Alô Brasília


1 Comentários
Sou paciente do hospital de base, faço radioteria, e vejo as condições de trabalho do pessoal, com certeza eles tem o direito de correr atrás de melhores salários e melhores condições de trabalhos..mas é uma pena que com essa greve venhar atrasar o tratamento de muito gente, espero que o Governo resolva isso logo....
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