Vale-Cultura será a grande revolução na cultura brasileira, afirma Marta Suplicy

Ministra Marta Suplicy destaca investimento na conservação de patrimônios históricos. Elza Fiuza/ABr
Ministra Marta Suplicy destaca investimento na conservação de patrimônios históricos. Foto: Elza Fiuza/ABr.
O Vale-Cultura é um programa que vai mudar a cara da cultura no Brasil, disse a ministra da Cultura, Marta Suplicy, no programa de rádio Bom Dia, Ministra, desta quarta-feira (4). Estão sendo disponibilizados R$ 300 milhões em recursos para o ano de 2013. Ela também deu detalhes do PAC Cidades Históricas, que teve o anúncio das 425 obras escolhidas, com um investimento de R$1,9 bilhão.
“Eu sei que nós vamos começar pequenos, mas isso vai ser a grande revolução na cultura brasileira. (…) Eu acho que vai ter uma repercussão gigantesca, porque vai afetar não só aquele que não consumiu até agora porque não sobrava R$ 50 para consumir, mas também a produção cultural, que não tinha gente suficiente com dinheiro para ir assistir coisas que gostariam de ir. (…) Acho que o mais interessante do Vale-Cultura é que nós não temos ideia do que o povo vai querer ver. Isso me parece muito instigante nisso tudo”, afirmou a ministra.
O benefício, disponibilizado por meio de cartão magnético, será destinado prioritariamente aos trabalhadores que ganham até cinco salários mínimos com o objetivo de garantir meios de acesso e participação nas diversas atividades culturais desenvolvidas no Brasil. Poderá ser usado em teatros, cinemas, compra de livros, CDs e consumo de outros produtos culturais. O valor mensal será de R$ 50 e não tem validade, permitindo ao trabalhador acumular crédito para consumir valores superiores.
“A gente sabe que o povo tem sede de conhecimento. Quando o Banco do Brasil faz aquelas exposições maravilhosas, eu vi em São Paulo. Basta você ter gratuidade e qualidade. Ah, o povo vai. Veja aquela exposição dos impressionistas no Rio ou em São Paulo, quando começou a ter muita gente, o que o banco fez? O banco abriu de madrugada. Tinha fila no quarteirão de madrugada.É Lei Rouanet”, completa.
PAC Cidades Históricas
Sobre o PAC Cidades Históricas, a ministra destacou que foram escolhidos os monumentos mais importantes de cada estado que estavam em situação de maior degradação, ou possibilidade de perda, e que ao mesmo envolviam a revitalização de seu entorno seguindo um critério de sustentabilidade.
“Uma das determinações da presidenta, que me pareceram de muito bom senso, é que você, tudo que for preservado só vai continuar preservado se tiver possibilidade de sustentabilidade, se ele puder ter uma atividade. (…) Não é só preservação do monumento, você tem que ao mesmo tempo fazer que aquela região se revitalize porque senão não adianta, você recupera o monumento e ser for numa área onde não passa ninguém ou tem muito vandalismo, pouco tempo depois aquele monumento está em risco de novo.No PAC, que é de R$ 1,9 bilhão, $ 300 milhões vão ser dedicados a prédios particulares que são prédios que poderão ser restaurados com empréstimos a perder de vista. Mas a pessoa vai poder fazer uma livraria, um hotel também, ela vai poder ousar. Ao todo vão ser 48 cidades, 425 obras e essa quantia gigantesca”, disse.
Fonte: Blog do Planalto

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