Novas construções no SAN não preveem estacionamentos e trânsito pode piorar mais
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Novos prédios aumentarão demanda de vagas, mas projetos não incluem estacionamentos. Foto: RICARDO MARQUES |
O Setor de Autarquias Norte (SAN) é o último terreno vazio no centro de Brasília, a cerca de um quilômetro de distância da Rodoviária do Plano Piloto. Devido à demanda por espaços para a construção de prédio de órgãos públicos, novas edificações já começaram a ser levantadas no local. No entanto, as obras tomam como base um projeto urbanístico de 1970, que está defasado para a realidade atual da cidade e não preveem a criação de estacionamentos para a demanda que vai surgir. Isso significa que o trânsito pode ficar ainda pior na região, sobretudo nos horários de pico.
Para Elza Kunze Bastos, arquiteta e diretora administrativa do Sindicato dos Arquitetos do DF, o projeto original não previa o tamanho que tem hoje a cidade.“Acho que a construção está completamente defasada com o número crescente de automóveis. Se essa lei que estabelece a construção não for revista vai ser um transtorno para os moradores e funcionários das redondezas” afirmou Bastos.
Graco Santos, diretor do conjunto urbanístico tombado, da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Sedhab), concorda que a preocupação central na infraestrutura do local são as vias de acesso e o estacionamento. “Nós podemos modificar o sistema viário e estamos cuidando disso, pois estava claro desde o ano passado que ele iria ser necessário”, explicou. Pelo projeto original, o setor contaria apenas com uma via de acesso, pelas quadras 202/203 Norte.
Santos também garante que não existe nenhum empecilho à construção de vários pavimentos de garagem. “Não faz sentido começar a usar o prédio sem infraestrutura, tem que haver a justa adequação do sistema viário. De acordo com o código de obras existe uma relação entre a metragem quadrada de área construída e as vagas de estacionamento”, informou. “Estamos agora aguardando estudos, depois vamos dar prosseguimento. Queremos que esse trabalho possa ser efetivamente implementado antes do término das obras”, acrescentou.
Saiba mais
Os futuros prédios são novas sedes para a Receita Federal, Polícia Federal e a Confederação Nacional do Comércio, e os comerciais.
Fonte: Jornal Alô
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