O Socialista Joe Valle quase chegou à Câmara Legislativa na legislatura passada - foi o primeiro suplente do PSB.

Foto: Divulgação
Conhecido na cidade por ser pioneiro na produção, e defesa, de alimentos orgânicos, o socialista Joe Valle quase chegou à Câmara Legislativa na legislatura passada - foi o primeiro suplente do PSB. Desta vez, teve mais sucesso, foi eleito para uma das vagas da Casa e, aliado ao governo Agnelo Queiroz (PT), conquistou um posto na Mesa Diretora do Legislativo. Será terceiro secretário da Casa pelos próximos dois anos, responsável por gerenciar o processo legislativo. Confira o que diz Joe Valle:
1 - Por que o senhor decidiu ser deputado distrital?
Joe Valle - Foi a forma mais direta que encontrei para mudar a realidade, a qualidade de vida e dar voz à população do Distrito Federal. As funções básicas de um deputado distrital são: legislar, representar e fiscalizar. Exercendo essas funções e tendo representação política, vou conseguir levar os serviços básicos como saúde, educação, segurança, esporte e lazer, principalmente para as minorias, onde a violência e as drogas estão mais presentes. Ao longo dos últimos anos, venho tentando fazer minha parte, mas por experiência própria pude ver que só participando diretamente da política para ter influência decisiva na gestão e utilização dos recursos públicos.
utra coisa foi a descrença da população na política e nos políticos. E eu não falo do que não participo, do que não acompanho. Faço sempre questão de falar de algo que tenho experiência própria, por isso participei de sindicatos e associações populares das áreas rural e urbana, onde discutíamos e criticávamos o que víamos. Só depois, com conhecimento de causa, decidimos coletivamente tomar parte e provar que é possível fazer diferente do que normalmente tem sido feito.
A terceira questão fundamental na vida de um deputado distrital é fiscalizar. Não no sentido de punir o Legislativo ou o Executivo, mas de evitar que as coisas sejam feitas de forma errada. Muitas vezes percebemos que, no intuito de fazer as coisas acontecerem, as pessoas confundem as questões técnicas com as políticas, o que é normal na democracia representativa, mas não significa que precisa ser regra. Fiscalizando, poderemos ter gastos públicos adequados e nos lugares certos.
2 - O que o senhor acha de um mandato parlamentar custar R$ 12,4 milhões aos cofres públicos no DF?
Joe - Essa questão de valor é mal entendida. As pessoas pensam que isso vai pro bolso do deputado e não é verdade. Temos toda uma equipe, formada por técnicos respeitados, que é colocada para trabalhar e tem que exercer regularmente suas funções. Para mudar a realidade, como é o meu caso, do meio rural, da alimentação saudável e da política ambiental, preciso de especialistas que entendam dessas áreas e possam me ajudar a fazer o melhor para a população. Ao invés de pensar apenas como um gasto, precisamos pensar também no custo/benefício da atuação de bons técnicos.
O referencial não pode ser o político corrupto, mas aquele que trabalha de forma séria por 12 a 14 horas por dia pelo bem coletivo. A avaliação do bom mandato precisa ser feita por indicadores, como produtividade, correção, honestidade e competência.
3 - Qual o primeiro projeto que pretende defender neste mandato?
Joe - O primeiro ato e não necessariamente projeto é sugerir a criação da Comissão Especial de Transparência e Governança na Câmara Legislativa, para acompanhar e dar o apoio necessário para a Secretaria de Transparência. Com ela, os gestores públicos vão poder exercer melhor o seu papel. Em termos de projetos, levando em conta que sou uma pessoa ligada ao meio ambiente, ao meio rural e à produção de alimentos saudáveis, vou trabalhar para implantar a coleta seletiva completa no Distrito Federal e defender a sustentabilidade.
Outra prioridade é a água. Precisamos definir uma política distrital para resíduos sólidos. Estamos à beira de um colapso no abastecimento e precisamos de uma legislação para definir o melhor uso de um bem tão importante. Vou propor também a primeira política do DF para neutralização de carbono.

Fonte: Blog da Paola

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