Cabeças pensantes

Esforço, planejamento e dedicação são três das principais características para quem quer começar uma startup. Conheça histórias de quem está prestes a lançar um produto de sucesso e confira dicas de especialistas a fim de também arrasar como empreendedor.

As palestras sobre modelo de negócios e gestão de startups foram concorridas: os campuseiros aprenderam como começar uma empresa e mantê-la viva no mercado (Willian Alves/Divulgação)
As palestras sobre modelo de negócios e gestão de startups foram concorridas: os campuseiros aprenderam como começar uma empresa e mantê-la viva no mercado.

São Paulo — O poder da colaboração na internet é inegável. Cada vez mais, as pessoas sentem a necessidade de jogar a informação na redes seja sobre um acidente, seja uma festa, seja sobre a novidade no bairro onde moram. Foi pensando nisso que os brasilienses Cristiano Ramos, Alexandre Passos, Darlan Rodrigues, Jonathan Pimenta e Bruno Braz, que atuam em áreas totalmente diferentes, tiveram a ideia de criar a startup We Crowdcasting. O lançamento do aplicativo, de mesmo nome da empresa — ainda em fase beta —, foi na sétima edição da Campus Party Brasil (CPBr). “Por ser um dos eventos de tecnologia mais importantes do mundo, escolhemos a Campus”, explicou Alexandre.

No aplicativo, é possível postar texto, foto, áudio e vídeo e passar informações em tempo real. Antes disso, o usuário faz um cadastro, no qual fornece dados para que ele possa ser identificado e contatado, caso haja necessidade. O cliente ainda tem a oportunidade de personalizar totalmente o software para a empresa. O We Crowdcasting — que contou com 
R$ 40 mil provenientes de um investidor-anjo — busca clientes, como veículos de comunicação. Eles pretendem posteriormente personalizar o aplicativo para empresas e personalidades. 

Pela primeira vez, a CPBr criou um espaço destinado às pequenas empresas. Chamada de Startup&Makers, a área reuniu 300 equipes empreendedoras que apresentaram os projetos e buscaram investidores. A primeira a conseguir o capital foi a Over Power Studios, empresa mineira voltada ao desenvolvimento de jogos hardcore com gráficos de última geração para o mercado mobile.

Entre os games desenvolvidos pela startup, o que despertou interesse do investidor para realizar a proposta e incentivar o desenvolvimento da empresa foi o Aces High, que tem como foco combates dinâmicos e de fácil acessibilidade. O lançamento está previsto para abril deste ano. “A empresa foi escolhida pela qualidade técnica e pelo modelo de negócios inovador”, afirma Moacyr Alves Júnior, diretor de uma empresa de aplicativos, que dará o aporte nas ações de marketing do jogo e no desenvolvimento de um novo título.

“Os jogos hardcore são geralmente destinados a nichos específicos, como simuladores de corridas e combates aéreos, com riqueza de elementos e uma imersão viciante. No Brasil, não existe um estúdio que desenvolva esse tipo de projeto”, afirma o CTO da startup, Sebastião Liparizi Neto.

Sucesso
Boa parte dos empreendedores que estiveram na CPBr7 queriam saber como conseguir o sucesso com uma startup. “Não é fácil, mas com muito trabalho, dedicação e seguindo alguns passos, o pulo para um futuro promissor se torna possível”, explica o consultor de marketing do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP), Marcelo Sinelli. (confira Passos do sucesso).

“O ambiente no Brasil para empreendedores é hostil. Portanto, não existe um momento certo ou ideal para abrir uma empresa. Se for esperar por isso, nunca sairá do papel”, explica o consultor. Outro ponto frisado por Sinelli é o investidor-anjo. Para ele, é preciso avaliar bem o perfil de quem vai ajudar a empresa. A negociação deve ser benfeita e todos detalhes, registrados em cartório.

O prazo ideal, depois que o empreendedor segue os passos certos, para saber se a startup tem potencial é de um ano. E durante esse período, é preciso ter muita paciência e os pés no chão. “O caminho é longo”, afirma Sinelli. Existem três erros cruciais para quem está começando nesse segmento: superestimar o mercado e ir com muita sede ao pote, centralizar muitas funções e crescer sem processos definidos. “Para cada Mark Zuckerberg, existem 200 pessoas que não vão dar certo. O brasileiro é empreendedor por necessidade, não por oportunidade. Mas isso tem mudado com o tempo”, explica.

Para se dar bem

  • Criar um produto inovador, que tenha demanda no mercado.
  • Fazer um roteiro e responder às perguntas: Quem é o cliente? Quem é o concorrente? Quanto vai cobrar? Tamanho do mercado? Qual o posicionamento do produto no mercado?.
  • Trabalhar muito.
  • Ter um propósito que não é exclusivamente vender o produto, algo que te mova a chegar ao sucesso, uma visão inspiradora.
  • Se preocupar com as pessoas que vão formar a sua equipe. Ter uma relação profissional com o funcionário não apenas como parte da engrenagem, mas com um senso de missão. Fazer com que ela tenha orgulho de estar na empresa.

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Fonte: Correioweb

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