Marina Silva e integrantes do novo partido
pediram pressa ao Tribunal Superior Eleitoral. Para concorrer em 2014,
legenda precisa de registro autorizado até outubro
Marina Silva sobre as assinaturas. José Cruz/ABr |
A ex-senadora Marina Silva, o deputado Walter Feldmann (PSDB-SP) e o
advogado André Lima participaram de uma reunião com a corregedora do
TSE, ministra Laurita Vaz. Eles questionaram o fato de a Rede ter
entregue mais de 500 mil assinaturas e apenas 20% delas foram
analisadas. A justificativa do tribunal é que os cartórios, responsável
pela verificação, trabalham acima da capacidade por causa do
recadastramento biométrico.
“Nós estamos aguardando que a corregedoria faça esse encaminhamento e
ao mesmo tempo estamos confiantes que o processo que fizemos tem toda a
idoneidade e estamos muito confiantes na estrutura que criamos para
coletar as assinaturas, a integridade dessas assinaturas e o processo
que foi feito no Brasil inteiro. (…) Não podemos pagar o preço pelas
dificuldades que existem na Justiça”, afirmou Marina.
Para a ex-senadora, que disputou a eleição presidencial em 2010 e
obteve 20 milhões de votos, a demora na verificação das assinaturas
levaria a um prejuízo que a Rede não poderia ter. Ela é pré-candidata em
2014, mas precisa estar filiado a um partido para concorrer.
“Precisamos que medidas sejam tomadas para que esse atraso na ação dos
contratos seja reparado”, completou. Até o momento, foram colhidas 850
mil apoios. Destes 641 mil foram enviados aos cartórios. Somente 250 mil
acabaram validados. Pela legislação, a corte tem 15 dias para validar
ou rejeitar as listas.
De acordo com o advogado que defende os interesses da futura legenda,
apesar de as assinaturas não terem sido conferidas, a Rede vai entrar
com o pedido de inscrição no TSE. Ele garante já ter 11 diretórios
estaduais encaminhados com o mínimo de apoios necessário. “[O problema] é
falta de parâmetro pra conferir assinaturas, perda do prazo por parte
deles”, disse André Lima.
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