Comprar alimentos sem agrotóxicos e antibióticos ainda pesa no bolso dos brasilienses
População reconhece a importância dos orgânicos, mas reclama dos altos preços praticados. Foto: Ricardo Marques. |
É orgânico é saudável, mas é caro. Comprar alimentos sem agrotóxicos e antibióticos ainda pesa no bolso dos brasilienses. Na Feira Espaço Natural que acontece toda terça, quinta e sábado das 7h às 12h, na Asa Norte, onde são vendidos alimentos bons para a saúde. Recomendados muitas vezes pelos médicos e nutricionistas, o valor dos produtos, contudo, custa mais que o dobro dos vendidos no supermercado.
Na Feira Espaço Natural, meio quilo de batata custa R$ 4,90 enquanto no supermercado custa R$ 1. Frutas e verduras orgânicas também são bem mais caras: um cacho de banana (R$ 4,50 o quilo), a alface, R$ 1,90. No supermercado, os mesmos produtos saem por R$ 2 e R$ 1, respectivamente.
Segundo o coordenador da feira, Verinaldo da Silva, o produto é mais caro, mas tudo é uma questão de escala de produção. “A medida que mais pessoas vão consumindo, a tendência é que os preços sejam reduzidos”, garante.
Algumas pessoas até têm a consciência de que os alimentos orgânicos são mais saudáveis. Como o caso do fotógrafo Carlo Henrique Dias, que afirma não consumi-los com mais frequência apenas pelo preço alto. “Eu queria muito alimentar o meu filho com os orgânico, mas por enquanto não tenho condições”.
Para se ter uma ideia, para uma família de três pessoas, a compra do mês que envolve frango sem antibiótico, arroz, biscoito, pão integral, frutas, verduras e legumes orgânicos custa, em média, R$ 300.
Aos poucos – De acordo com Verinaldo Silva, a conscientização da importância de uma alimentação saudável por parte da população contribui para o crescimento das vendas de alimentos orgânicos. “ Nos últimos cinco anos, houve um crescimento expressivo nas vendas. Isso se dá com a consciência das pessoas em ter uma alimentação saudável”, completa.
A feira existe desde 1994 em parceria com uma empresa agropecuária da igreja messiânica. “A razão de estar aqui vem de uma filosofia que prima pela saúde, bem estar e equilíbrio do ser humano. Por isso iniciamos os trabalhos”, explica o coordenador da feira. Em média, de 20 a 30 produtores do Distrito Federal fornecem os alimentos.
Fonte: Jornal Alô
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